domingo, 21 de março de 2010

Globalização (Mamoeiro - Parangolé)

Essa é uma paródia feita para um trabalho de sala de aula que virou sucesso na turma. É uma versão da música Mamoeiro da banda Parangolé. Lê cantando a música!
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Toca o fone pedindo atenção dos orixás
a tecnologia está avançando muito mais
Pra aqueles que não conseguiram comprar a televisão
pesquisa no PC a última informação...

O Movimento da mudança, a balança e o seu dinheiro
sacode a balança comercial o tempo inteiro
Movimento da mudança, a balança e o seu cartão
sacode a balança com a globalização...

A globalização
ão, ão
globalização
ão, ão
(2x)

Toca o fone pedindo atenção dos orixás
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A ciência que vem
quer ajudar o global
e assim muda também
o local e o regional

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e assim muda também
o local e o regional

sexta-feira, 19 de março de 2010

Homem Apaixonado

Naquela tarde, eu saí para refletir como tudo ocorreu tão rapidamente, um fato após o outro e de repente as horas eram segundos.
Estacionei o carro a cem metros so farol, fechei a porta e me sentei em frente ao mar, abraçando meus joelhos fortemente.
Revendo as cenas em minha cabeça houve uma espécie de dúvida, confusão que não há como explicar. Senti o sangue subir para a cabeça e comecei a olhar muito fixamente em direção às nuvens.
"Todo esse tempo, depois de me declarar a ela, só o que ela sente é amizade?", me perguntava toda hora. E ainda passar a me tornar o patético apaixonado tentando mostrar a ela que ela também me amava.
Perebi que as nuvens estavam se embaçando, resultado da lágrimas que se formavam nos meus olhos. Logo um pingo salgado percorreu o meu rosto. E depois dessa, muitas vieram.
Uma vontade de gritar cresceu dentro de mim com tanta força que me senti sufocar.
Mas gritei. Gritei seu nome o mais alto que pude, como se ela fosse ouvir, como se fosse correr para os meus braços.
Meu rosto estava como que febril de tão quente. E a sensação de me sentir sufocar, voltou com mais intensidade. Eu precisava desabafar meus sentimentos para alguém.
Fechei os olhos e imaginei o abraço forte que gostaria de sentir; quando acordei, era noite, abri os olhos novamente voltando à minha triste realidade de homem apaixonado.
O choro silencioso ou rouco de um homem mostra quão é a sua vontade de ser feliz.

Isabella Revert

A realidade da sala de aula

Na última carteira da fila próxima à porta estava um aluno cansado, com muito tédio. Em sua cabeça não havia nada mais do que pensar em chegar em casa e dormir. Não estava prestando atenção na aula mas parou para refletir o que o professor perguntou distraidamente:
- Vocês já sabem que profissão irão exercer?
E o que ele seria? No último ano do ensino médio não saber o que queria ser era estranho, e impossível até.
O garoto olhou para o lado esquerdo e viu duas de suas colegas conversando - não este assunto - e pensou o que elas seriam. Talvez atrizes, por interprearem concentração, ou modelos por cuidarem de si todo segundo. O colega da frente seria desenhista, cartunista. Os coladores, detetives, e os nerds, Ainsteins. E os tagarelas, então?
Paulo, assim chamava o garoto, desde o primário esudava naquele colégio e nunca pensou em mudar de escola. Ele estava bem ali, e não sabia se conseguiria ter o mesmo resultado de amigos de agora, temia ser excluído, ser rejeitado.
E assim, lembrando dos amigos, olhou rapidamente para André, Guilherme e Lorena e observou como eram tão felizes juntos.
Paulo bocejou e resolveu voltar a distrair-se com outras coisas e pensar em dormir. Olhando despreocupadamente a parede ao seu lado, começou a perceber o ambiente em que estava: a sala de aula.
Todas são iguais: paredes brancas, quadro negro, um cruscifixo acima do quadro - é um colégio católico -, carteiras do mesmo tamanho uma da outra - exceto as de canhoto -, um quadro para o mural da turma no fundo da sala e um ventilador que "refresque" o calor, pois a cidade é muito quente.
Devido ao reflexo no quadro, as cortinas são fechadas impedindo os alunos a ficarem confotáveis na sala com tanto calor.
No teto há duas fileiras de lâmpadas, sendo que uma está sem funcionar. A parede parece ser áspera vista por cima, enquanto a que estava do lado de Paulo, era pefeitamente lisa e pintada de branco, mas alguns alunos rebeldes pareciam não gostar daquela cor-giz e escreviam na parede sem dó, nem piedade.
Os papéis de bala jogados no chão eram inúmeros, sem contar com restos de recortes da aula anterior.
De repente Paulo sentiu uma folha amassada tocar sua nuca e percebeu que aquilo era um bilhete, que estava escrito:
Nós vamos tomar sorvete depois da aula?
Fora Lorena, então repondeu:
Mas é claro!
Mesmo sabendo que havia dever o bastante para cubrir a tarde toda.
Bateu o sinal, e os alunos, apressados, praticamente já estavam fora da sala. O professor se despediu de poucos e se foi.
Esta é a realidade da sala de aula!

Isabella Revert