Estacionei o carro a cem metros so farol, fechei a porta e me sentei em frente ao mar, abraçando meus joelhos fortemente.
Revendo as cenas em minha cabeça houve uma espécie de dúvida, confusão que não há como explicar. Senti o sangue subir para a cabeça e comecei a olhar muito fixamente em direção às nuvens.
"Todo esse tempo, depois de me declarar a ela, só o que ela sente é amizade?", me perguntava toda hora. E ainda passar a me tornar o patético apaixonado tentando mostrar a ela que ela também me amava.
Perebi que as nuvens estavam se embaçando, resultado da lágrimas que se formavam nos meus olhos. Logo um pingo salgado percorreu o meu rosto. E depois dessa, muitas vieram.
Uma vontade de gritar cresceu dentro de mim com tanta força que me senti sufocar.
Mas gritei. Gritei seu nome o mais alto que pude, como se ela fosse ouvir, como se fosse correr para os meus braços.
Meu rosto estava como que febril de tão quente. E a sensação de me sentir sufocar, voltou com mais intensidade. Eu precisava desabafar meus sentimentos para alguém.
Fechei os olhos e imaginei o abraço forte que gostaria de sentir; quando acordei, era noite, abri os olhos novamente voltando à minha triste realidade de homem apaixonado.
O choro silencioso ou rouco de um homem mostra quão é a sua vontade de ser feliz.
Isabella Revert
Parabéns pelas imagens poéticas, minha filha!
ResponderExcluirBeijussssssssss.
poéticas e reais.... ! ^^
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